A doação de
medula óssea pode ser aparentada ou não aparentada. No primeiro caso, o doador
é uma pessoa da própria família, em geral um irmão ou um dos pais. Há cerca de
25% de chances de encontrar um doador compatível na família. Havendo um irmão
totalmente compatível (100%) este será a primeira escolha para ser um doador.
Caso contrário, inicia-se a busca de alternativas para a realização do
transplante
As informações
dos pacientes que necessitam de transplante sem um irmão compatível são
incluídas no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (REREME). Os
doadores são cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula
Óssea (REDOME). Os dados dos dois registros são cruzados para verificar a
compatibilidade entre pacientes e doadores. Essa busca é automática.
Assim que o
paciente entra no REREME, cadastrado por seu médico, acontece a primeira
tentativa de encontrar um doador. A partir daí, o próprio sistema refaz a
busca, todos os dias. Um resultado preliminar aponta uma lista de possíveis
doadores compatíveis. O médico assistente, junto com a equipe especializada do
REDOME, analisa (dentre estes possíveis doadores) qual tem chance de ser mais
compatível com o paciente. Na sequência, são feitos contatos com os voluntários
e solicitados os exames complementares.
Paralelamente,
acontece a busca na Rede BrasilCord, que contém os dados dos cordões umbilicais
armazenados nos Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário.
Caso não seja encontrado um doador brasileiro, a equipe do registro parte,
então, para a busca internacional que ocorre praticamente de forma simultânea.
É importante
que o médico mantenha os dados pessoais completos do paciente atualizados no
REREME, com informações sobre a compatibilidade e a doença com indicação de
transplante. Também é responsabilidade do médico assistente atualizar a
condição do paciente e sua evolução enquanto aguarda o transplante. Isso evita
que a pessoa que necessita de uma nova medula perca a chance de ter um doador
compatível localizado.